MONTAGEM R7
Após mais de 7 décadas de angústia, uma idosa de 102 anos no Reino Unido conseguiu encontrar o túmulo de sua bebê que nasceu morta. Na época, os médicos informaram que o corpo havia sido incinerado após o parto.
Majorie Rigby ficou grávida em 1946, poucos meses após o fim da Segunda Guerra Mundial, em que atuou como auxiliar na Força Aérea Britânica. Em setembro daquele ano, a mulher foi levada a uma clínica para fazer o parto da bebê, que iria se chamar Laura.
Porém, após três dias em trabalho de parto, Marjorie ouviu do médico que o bebê não resistiu, e que ele era um natimorto. Assim, ela foi levada às pressas para um hospital, para que a criança pudesse ser retirada do ventre.
No local, ela foi informada que a criança seria levada para um incinerador, sem receber maiores detalhes sobre o local do enterro ou até mesmo se haveria um tipo de cerimônia.
“Quando o bebê saiu, o consultor disse ‘leve-a para o incinerador', e foi isso. Depois, me ofereceram uma xicará de chá e me mandaram esperar”, conta Marjorie ao tabloide Daily Mail.
“Eu fui levada para um quarto, e me deixaram sozinha. Fui para casa após um dia. Eu estava sozinha e não tinha ninguém para me comunicar”, completa.
Mais de 70 anos após a traumática experiência, Angela Rigby, filha de Marjorie que nasceu depois do episódio, assistiu a um programa de TV, que revelou que já naquela época era ilegal que centros médicos incinerassem bebês natimortos.
A família de Marjorie, então, entrou em contato com uma instituição de caridade chamada Brief Lives Remembered (Vidas breves lembradas, na tradução livre), que realiza investigações para encontrar os locais em que bebês natimortos ou que faleceram com poucos dias de vida foram enterrados.
A investigação descobriu que Laura foi enterrada em um túmulo não marcado em um cemitério na cidade de Manchester, no noroeste da Inglaterra.
REPRODUÇÃO DAILY MAIL
Uma das duas filhas de Marjorie, Angela conta que descobriram que a bebê tinha sido enterrada em um pequeno caixão, em uma vala, junto com outros cinco recém-nascidos.
"Estou aliviada que tudo tenha chegado a uma conclusão e que eu saiba onde ela está”, diz a mulher, que visitou o túmulo da filha, e deixou flores em cima do túmulo.
Angela, que acompanhou a mãe na primeira visita, disse que ao ver a expressão da mãe, “era como se ela finalmente estivesse em paz”.
*Estagiário do R7, sob supervisão de
